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O vereador eleito Thiago Bally (PSDB), de São Sebastião, teve recurso negado pela 4ª Câmara de Direito Criminal nesta terça-feira (12/11) e segue sendo considerado como foragido da justiça. Ele é suspeito de ter participado de um assassinato ocorrido em abril no bairro de Juquehy, na Costa Sul.
A defesa solicitava a revogação da ordem de prisão expedida pela justiça contra o vereador no último dia 30 de outubro. Nos argumentos, a defesa apontou que não havia requisitos que justificassem a prisão, bem como o fato do vereador eleito ter residência fixa e ocupação. Também citou que não há provas sobre a participação de Bally no crime.
Conforme a decisão, a juíza Fátima Vilas Boas Cruz, da 4ª Câmara de Direito Criminal, cita que há provas de materialidade e indícios suficientes de autoria, justificando a prisão preventiva.
Até o fim desta tarde, o vereador eleito continuava foragido da justiça. Em suas redes sociais, Bally manifestou que “segue com toda convicção de que estará presente, em breve, na vida pública, na vida pessoal e na vida como Cristão”.
O pedido de prisão
Em reportagem do Radar Litoral no útimo dia 31, a juíza da Vara Criminal de São Sebastião, Gláucia Fernandes Paiva, determinou no dia 30 de outubro a prisão preventiva do vereador eleito na cidade, Thiago Alack de Souza Ramos, o Thiago Bally (PSDB), por suspeita de envolvimento em homicídio ocorrido no mês de abril. Conforme a decisão, ele “compareceu ao local dos fatos minutos antes do crime” e teria um desentendimento anterior com a vítima.
Na tarde do dia 31 de outubro, o Radar Litoral conseguiu contato por meio de aplicativo de mensagem (whatsapp) com o vereador eleito Thiago Bally, que negou a acusação e qualquer envolvimento com o crime e disse que seus advogados entrariam em contato. Em nota, a defesa informou que “não há provas que sustentem as acusações”.
O crime aconteceu no dia 6 de abri, quando Victor Alexandre de Lima, 22 anos, foi morto em uma chácara no bairro Juquehy, na Costa Sul de São Sebastião. De acordo com a investigação da Polícia Civil, no dia do crime a vítima recebeu uma ligação e seguiu para o “Sítio Velho”. Neste local, enquanto conversava com um outro homem, foi atingido por disparos.
Este mesmo homem confessou o crime e alegou legítima defesa. O indivíduo está preso temporariamente e sua prisão foi convertida em preventiva pela justiça.
Em depoimento à polícia, o vereador eleito disse que esteve no local minutos antes do crime para ajudar uma pessoa em um carro com problemas mecânicos e nega envolvimento no crime. Também disse que chamou ajuda para o dono do carro e foi embora.
Contudo, o Ministério Público o denuncia como mandante do crime. Em sua decisão expedida na última quarta-feira, a juíza destaca que há presença de indícios nos autos para determinar a prisão preventiva. Até esta quinta-feira, o vereador eleito ainda não havia se apresentado à polícia. Thiago Bally teve 1.173 votos nas eleições deste ano.
Defesa do vereador eleito
Ainda no dia 31 de outubro, o Radar Litoral recebeu uma nota oficial do escritório de advogacia Fragoso & Equipe. Segue abaixo:
“Gostaríamos de salientar que Thiago Alack de Souza Ramos está sendo investigado, e não formalmente acusado, no processo criminal em andamento. Até o momento, o Ministério Público não o representou como participante do homicídio qualificado envolvendo a morte de Victor Alexandre de Lima. O principal suspeito, que já está formalmente acusado pelo Ministério Público, é Maiquel Douglas Pires Ferreira. Esclarecemos que, conforme informado, o delegado e o Ministério Público solicitaram, e a Juíza Gláucia Fernandes Paiva determinou, a apreensão de todos os objetos que possam colaborar para a elucidação dos fatos relacionados ao homicídio, incluindo aqueles encontrados na residência de Thiago Alack de Souza Ramos, que estava presente no local do crime, assim como outras pessoas, poucas horas antes do ocorrido. Esses objetos estão atualmente em processo de perícia e averiguação. Em relação a um possível “pedido de prisão preventiva”, informamos que ainda estamos averiguando a existência de tal pedido, pois até o momento não fomos formalmente notificados”.
A nota oficial da defesa prossegue. “Ressaltamos que não há, até agora, provas suficientes que sustentem as acusações veiculadas. Thiago Alack de Souza Ramos tem colaborado voluntariamente com as investigações e reafirma sua disposição de continuar cooperando com a Justiça para o esclarecimento de todos os pontos do caso, esperando que esta seja devidamente realizada. Caso exista um mandado judicial para a prisão preventiva, solicitamos que ele seja apresentado e cumprido formalmente. Na ausência de cumprimento formal, pedimos que o nome de nosso cliente seja divulgado em canais oficiais como “foragido”, respeitando as vias legais. No momento, reiteramos que ele não está oficialmente sendo procurado. Por fim, lembramos que Thiago Alack de Souza Ramos é considerado inocente até prova em contrário, conforme assegurado pela Constituição Federal. Nossa equipe de defesa está comprometida em garantir que a verdade prevaleça e que todos os fatos sejam devidamente apurados. Pedimos que a imprensa e o público tratem o caso com responsabilidade, respeitando o direito à defesa e o sigilo processual, evitando julgamentos antecipados que possam afetar injustamente a reputação de nosso cliente”.
Na noite desta terça-feira (12/11), a defesa informou ao Radar Litoral que uma nova nota oficial será emitida nesta quarta.
Fonte: https://l1nq.com/lBZeO